Ergue-te mulher de pudor
Em meio a multidão
Afugenta o medo
Olhares se cruzam
Em meio a multidão
Sangra lhe a alma
Sentimento arde lhe o peito
Em meio a multidão
Desejos eloquentes
Reprime com todo furor
Mãos se encontram
Em meio a multidão
Corpo anseia
Alma repudia
Sentia seu corpo desfalecer
Em meio a multidão
Desvaneia, afadigada reprimia
No silêncio da alma
Em meio a multidão
Curva lhe os joelhos
Implora socorro, clama por compaixão
Pai, afasta de mim esse cálice.
Luciene Borges
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